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“Vacinação”, “Vacinação de soldados”, “Edward Jenner a vacinar uma criança”, “Jacob Castro Sarmento”

“Vacinação”, “Vacinação de soldados”, “Edward Jenner a vacinar uma criança”, “Jacob Castro Sarmento”
“Vacinação”, “Vacinação de soldados”, “Edward Jenner a vacinar uma criança”, “Jacob Castro Sarmento”
“Vacinação” (1807) (Louis-Leopold Boilly, 1833-1905), “Vacinação de soldados” (1900) (Alfred Touchemolin, 1761-1845), “Edward Jenner a vacinar uma criança” (1796) (Ernest Board, 1877-1934), “Jacob Castro Sarmento” (1750) (John Richard Houston, 1721-1775)
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Se considerarmos a perspetiva de abordagem daquilo que podemos classificar como sendo o “eu coletivo” então, no contexto da relação médico-doente, teremos que necessariamente considerar que, em termos da História da Medicina, a vacinação foi a maior invenção de todas as que permitiram alterar o curso da evolução natural das doenças, com notórios reflexos, quer ao nível individual, quer coletivo. Infelizmente, vão pululando e crescendo os movimentos contra esta evidência histórica, epidemiológica e científica, apoiados em argumentos que têm por base a chamada pseudociência. Se o inglês Edward Jenner ficou conhecido pelos historiadores, como tendo sido o inventor da primeira vacina (para a profilaxia da varíola, a única doença a ter sido extinta por ação do Homem), convém relembrar que a técnica da imunização pela aspiração do conteúdo das excrescências das pústulas da pele, já há muito que era praticada na China, e que quanto ao que se refere à denominada variolização, esta já era executada em terras de Sua Majestade, por Jacob Castro Sarmento (1692-1762) cerca de doze anos antes de Jenner ter iniciado a sua técnica. Aquela insigne figura da medicina portuguesa, autor do livro “Dissertatio in Novam, Tutam, ac Utilem Methodum Inoculationis seu Transplantationis Variolorum” (de 1721), foi outro dos mais destacados elementos da diáspora sefardita, tendo-se refugiado em Inglaterra e sido o primeiro judeu a ser aí reconhecido por uma instituição académica (Universidade de Aberdeen). Já a viver naquele país, pôde ainda colaborar na reforma do ensino médico em Portugal, dadas as boas relações que estabeleceu com o então embaixador de Portugal em Londres, Sebastião José de Carvalho e Melo, o futuro Marquês de Pombal.

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