A terapêutica das doenças ortopédicas, ao longo da história da medicina, em particular das fraturas e das luxações dos membros, deixou um sem número de registos iconográficos, tal como se exemplifica nas ilustrações acima expostas. AS últimas três dizem respeito ao tratamento das escolioses que, quando graves, têm muito maiores implicações no prognóstico funcional e mesmo vital dos doentes que dela padecem. Sempre que o compromisso da coluna vertebral dorsal (o maior segmento), é suficientemente acentuado, pela sua relação com as costelas e o esterno, existem alterações consequentes da dinâmica ventilatória que podem conduzir a quadros clínicos que se situam no limiar de a pessoa afetada poder deixar de garantir uma respiração autónoma eficaz e sem sensação de desconforto, impondo uma decisão médica que tem de ser particularmente bem ponderada, e ter por base um conjunto muito vasto de apoios das mais diversas especialidades médicas. Como é óbvio, tal como para outras patologias, e, sobretudo, porque esta surge muitas vezes no decurso da adolescência, em que as condicionantes de instabilidade psicológica e do próprio padrão de crescimento são particularmente patentes, acarretam uma responsabilidade acrescida para o médico, impendendo sobremaneira sobre o seu relacionamento com o doente, pois está em causa um cenário que comporta grande sofrimento e, mesmo, em que a própria vida pode vir a estar em causa.