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“A Operação”, “Theodor Billroth a operar”

“A Operação”, “Theodor Billroth a operar”

“A Operação” (Séc. XIX) (António Ramalho, 1859-1916), “Theodor Billroth a operar” (1890) (Adalbert Seligmann, 1862-1945)

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Não existem muitos registos, na pintura portuguesa, de intervenções cirúrgicas, para além do fresco de António Ramalho que se situa no edifício da Faculdade de Ciências Médicas de Lisboa que aqui se apresenta. Tal, no entanto, não acontece no que se refere à pintura de outros países. De todos os inúmeros exemplos possíveis, certamente que a figura de Billroth se destaca dos demais. Esta insigne figura histórica da cirurgia, prussiano de nascimento e austro-húngaro por via do facto de aí se ter posteriormente radicado, veio a falecer numa pequena cidade que, presentemente, pertence à zona costeira da Croácia, sobre o mar Adriático. Exerceu em várias e afamadas universidades da Alemanha e em Viena de Áustria. Foi um destacado cirurgião de guerra e um dos primeiros a preocupar-se muito com as técnicas de assepsia cirúrgica. Executou as primeiras esofagectomias, gastrectomias e laringectomias da história da medicina. Os seus interesses, contudo, não se ficaram por aí, pois foi um apreciado músico amador (tacava, com destreza, piano e violino), tendo chegado a ser amigo e confidente do grande compositor, também germânico, Johannes Brahms. Foi autor de muitas publicações científicas e, inclusive, de um tratado de Cirurgia Geral que serviu de estudo e de consulta a muitas gerações de futuros médicos e cirurgiões. Teve inúmeros discípulos, dos quais se destaca, certamente, o americano William Halsted, o introdutor do tratamento cirúrgico das doenças da tiroide, do aneurisma arterial, da colecistectomia, da mastectomia radical, para tratamento da neoplasia da mama e, finalmente, um reconhecido adicto de cocaína e de morfina, cujo consumo não era, nessa época, proibido.

 

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