Destaques

quadros comentados

 

“Ephraim Mcdowell realiza a primeira cirurgia abdominal para remoção de um tumor do ovário”, “A primeira ooforectomia”, “Ignaz Semmelweis”, “Ignaz Semmelweis na enfermaria”, “Joseph Lister”

“Ephraim Mcdowell realiza a primeira cirurgia abdominal para remoção de um tumor do ovário”, “A primeira ooforectomia”, “Ignaz Semmelweis”, “Ignaz Semmelweis na enfermaria”, “Joseph Lister”
“Ephraim Mcdowell realiza a primeira cirurgia abdominal para remoção de um tumor do ovário”, “A primeira ooforectomia”, “Ignaz Semmelweis”, “Ignaz Semmelweis na enfermaria”, “Joseph Lister”

“Ephraim Mcdowell realiza a primeira cirurgia abdominal para remoção de um tumor do ovário” (1809) (Dean Cornell, sec. XIX), “A primeira ooforectomia” (1878) (George Knapp, 1833-1910), “A clínica Gross” (1876) (Thomas Eakins, 1844-1916), “Ignaz Semmelweis” (Sec. XIX) (Autor desconhecido, sec. XIX), Ignaz Semmelweis na enfermaria” (1957) (Robert Thom, 1915-1979), “Joseph Lister” (sec XIX-XX) (Autor desconhecido) (Coleção Wellcome)

Citação em destaque

A iatrogenia cirúrgica, que diminuiu vertiginosamente depois da invenção da anestesia e da descoberta da importância decisiva da assepsia, passou a beneficiar, no decurso da segunda metade do século XX e no presente século XXI, sobretudo, do aperfeiçoamento tecnológico e dos aspetos organizativos e regulatórios das instituições. Nestes quadros, podemos ver alguns dos principais protagonistas desta verdadeira epopeia. Os norte-americanos, Ephraim Mcdowell e Samuel Ross, o húngaro Ignaz Semmelweis e o britânico Joseph Lister, sendo aos dois últimos que se deve o início da correta aplicação daquilo que decorria diretamente da aceitação da teoria da origem microbiana das infeções, que se deve a Pasteur e a Koch, em detrimento da da geração espontânea, que vigorou durante muitos séculos.

Embora as infeções nosocomiais continuem a ser uma enorme preocupação em todo o mundo, a iatrogenia cirúrgica não se fica por aqui, podendo abarcar quadros clínicos muito diversos, cujas implicações, para a vida futura dos doentes, pode ter graus de gravidade muito variáveis. Estes cenários, se forem minimamente admissíveis, devem ser explicados ao doente antes do ato operatório e assumidas as consequências depois, se, por acaso, se vierem a verificar.

O doente, aceitá-las-á, certamente, como um risco inerente, se sentir o discurso tranquilo, mas nunca hesitante, por parte do seu médico, em que a verdade prevaleça, desde que este nunca o abandone à sua sorte e faça todos os possíveis por tentar minorar os efeitos negativos da intervenção, se necessário, com a ajuda de outros colegas. Este é, por todas estas razões, um dos cenários compreensivelmente mais difíceis em que a relação médico-doente, e o ato médico, se podem desenvolver.

 

Outros quadros comentados: