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“Medicina Supersticiosa”, “Medicina Racional” e “Medicina na Califórnia”

“Medicina Supersticiosa”, “Medicina Racional” e “Medicina na Califórnia”
“Medicina Supersticiosa”, “Medicina Racional” e “Medicina na Califórnia”
“Medicina Supersticiosa” (1935), “Medicina Racional” (1935), e “Medicina na Califórnia” (1935) de Bernard Zakheim, 1898-1985
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Este artista, de origem judia, era originário da Polónia e refugiou-se nos EUA, fugido a tempo do Holocausto Nazi, ao contrário de alguns dos seus familiares mais próximos que ali pereceram. Foi discípulo de Diego Rivera e pintou estes extraordinários murais para a Universidade da Califórnia em S. Francisco, onde figuram. Os contextos em que a medicina decorre são, como é evidente, “meros” episódios da vida e da morte de qualquer Ser Humano. O médico, num certo sentido, sendo chamado a tentar intervir nos mesmos, tem de interiorizar que pode desempenhar um papel determinante, quiçá, contribuindo para alterar decisivamente o seu curso, enquanto tal for possível. Mas, sempre, no respeito pela ética e pelos preceitos ditos de hipocráticos. É que, como se sugere nos títulos dos dois primeiros frescos, não há como fugir, hoje em dia, à questão do “aparente” êxito das “medicinas ditas alternativas”, em contraposição com a apelidada “medicina alopática”. Os cultores da primeira nunca desvalorizaram a importância do relacionamento humano na abordagem dos doentes e no prognóstico das doenças. Ao passo que, muitos dos do segundo grupo, apenas creem nas virtualidades da ciência e da tecnologia, esquecendo-se que a realidade do Ser Humano carece, também, de empatia, de compaixão, e de capacidade para saber ouvir, tal como da adequação daquilo que se pretende transmitir, com o necessário envolvimento afetativo, ao doente que sofre e que não sabe interpretar a razão daquilo que sente.

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