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Divulgação CulturalCICLO DE SEMINÁRIOS | Ciência e Cultura. Quebrar fronteiras – O desmentido do colonialismo na cultura portuguesa (…) | 27 out. ’25 | 14h30

Ciência e Cultura. Quebrar fronteiras
O desmentido do colonialismo na cultura portuguesa contemporânea, a partir dos filmes Cavalo Dinheiro e Vitalina Varela, de Pedro Costa
CICLO DE SEMINÁRIOS | 27 out. ’25 | 14h30-16h30 | Sala de Formação | Entrada livre
Existe em Portugal um desmentido do colonialismo? A questão é abordada a partir dos filmes de Pedro Costa, Cavalo Dinheiro (2014) e Vitalina Varela (2019), como pensamento filosófico e memória exterior.
Articulando filosofia do cinema e psicanálise lacaniana, coloca-se a hipótese de o discurso do colonialismo permanecer na estrutura inconsciente do circuito do capitalista e do fantasma do colonialismo, através do desmentido, mantendo-se inconsciente e activo na cultura portuguesa.
Analisa-se igualmente este mecanismo de defesa, identificado por Freud, e o seu papel no discurso do capitalismo, conforme teorizado pelo psicanalista Jaques Lacan.
O desmentido manter-se-ia na cultura portuguesa, como forma de esquecer os 500 anos de colonialismo, os processos de descolonização do século XX e o papel das lutas anticoloniais na génese da Revolução dos Cravos.
Neste seminário, Joana Lamas, debruça-se particularmente sobre o desmentido do significante [escravos] e a forma como este retorna na fonética da nomeação da Revolução [dos Cravos]. Por fim, analisa-se a estética de Costa como contributo para um devir minoritário que contraria os mecanismos de captura e alienação próprios do discurso do capitalismo.
Nota biográfica
Psicanalista, com licenciatura em Psicologia Clínica pela Universidade de Coimbra em 2001, e especializações reconhecidas pela Ordem dos Psicólogos Portugueses em Psicologia Clínica e da Saúde, Psicoterapia e Psicologia Comunitária. Doutoranda em Filosofia, especialidade Estética, no Instituto de Filosofia da Universidade NOVA de Lisboa (IFILNOVA), desde final de 2023, o seu tema de investigação articula filosofia, psicanálise e cinema.
Mantém a sua prática clínica desde 2001, integrada no Centro Português de Psicanálise da Associação Lacaniana Internacional (CPP-ALI), desde 2005. Trabalhou durante mais de uma década no Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT, IP) e integrou de 2017 a 2024 a Equipa Central de Emergência Social do Instituto da Segurança Social, consolidando uma prática que articula clínica e intervenção comunitária com populações vulneráveis e marginalizadas.
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22 dezembro | Cérebro, sonhos e outras ficções | Paulo Bugalho
Fonte: bnportugal.pt
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