Notícias
Divulgação CulturalSEMINÁRIO | Ciência e Cultura. Quebrar Fronteiras: Thomas Szasz e a doença mental como metáfora | 17 mar. ’25 | 14h30 | BNP – Sala de Formação
Ciência e Cultura. Quebrar fronteiras
Thomas Szasz e a doença mental como metáfora
CICLO DE SEMINÁRIOS | 17 mar. ’25 | 14h30-16h30 | Sala de Formação | Entrada livre
Resumo
O psiquiatra Thomas Szasz escreveu que, de acordo com a definição materialista-científica de doença, uma doença é uma alteração patológica de células, órgãos ou tecidos e que, portanto, a doença mental não é uma doença real, mas sim uma metáfora, pois nenhuma biópsia ou necrópsia pode verificar ou falsificar os diagnósticos do DSM.
Szasz afirmou ainda que os comportamentos geralmente atribuídos a distúrbios mentais são mais provavelmente expressões de problemas na vida, e não doenças propriamente ditas. Finalmente, o psiquiátra húngaro-americano escreveu que o facto de diagnosticar e tratar metáforas como se fossem representações de realidades clínicas tornaria a psiquiatria uma pseudociência, como a astrologia ou a alquimia.
Partindo dessas afirmações instigantes, abordaremos o status metafórico da doença mental e, mais em geral, algumas propriedades das relações entre metáfora, conhecimento e pensamento científico na história da medicina abordando a mente, a memória e o inconsciente. Veremos como as metáforas, longe de meramente definirem inclinações pseudocientíficas, desempenham um papel muito relevante na produção de conhecimento dentro da investigação científica, ultrapassando a distinção entre linguagem, objetivismo e ontologia social.
Sobre o autor
Moreno Paulon é investigador integrado no CHAM, Centro de Humanidades e doutorando em epistemologia na Universidade NOVA de Lisboa – FCSH com bolsa de investigação da FCT. Obteve o título de licenciatura em literatura contemporânea com uma pesquisa sobre a filosofia do absurdo de Albert Camus e o título de mestre em ciências antropológicas tendo conduzido pesquisa de campo no Sudeste Asiático e na Grécia. Seus interesses de pesquisa incluem a filosofia da ciência, os estudos de gênero, a antropologia cultural, a psicologia e a teoria literária.
Entre seus últimos trabalhos:
– Social Ontology, Transient Mental Illness and Justified False Belief (Symposion, upcoming in May 2025);
– Pseudoscience and the Demarcation Problem (Acta Baltica Historiae et Philosophiae Scientiarum, 2023);
– Hysteria: Rise and Fall of a Baffling Disease (Journal of Psychopathology, 2022);
E, como editor:
– Corpi Plurali, Percorsi di Antropologia tra Sesso e Genere (Milan: Milieu, 2020);
– Il Diavolo in Corpo, sulla Possessione Spiritica (Milan: Meltemi, 2019).
Fonte: bnportugal.pt
Outros artigos em Divulgação Cultural:
Lançamento | Em busca do Amor perdido: o bilhete postal ilustrado e a poesia de 1900 a 1920 | 8 abr. | 18h00 | BNP
Com autoria de Maria João Fernandes, poemas de Joana Lapa (seu pseudónimo para a poesia) e prefácio de Eduardo Lourenço e de Fernando Guimarães, a obra tem a chancela das Edições Afrontamento. A apresentação está a cargo de Teresa Rita Lopes, ao que se segue uma leitura de cartas e poemas por Gonçalo Salvado e pela autora e um momento musical com a fadista Ana Paula, acompanhada por Custódio Castelo à guitarra portuguesa
Lançamento | Judeus – Os Navarros de Lagoaça | 5 abr. | 18h00 | BNP
Obra em quatro volumes, da autoria de Filipe Pinheiro de Campos e António Maria de Assis, com prefácio de Adriano Moreira. Uma edição conjunta do Laboratório de Estudos Judaicos (ISCSP-UL) e da editora Colibri. A apresentação está a cargo de António de Sousa Lara
Ciclo de Oficinas / Conferências | História da Pobreza e da Fome | 4 abr. | 9h30 / 18h00 | BNP
Nestes ciclos, organizados por Ana Isabel Queiroz (IHC-NOVA FCSH), abordam-se conceitos fundamentais para a compreensão dos fenómenos da pobreza e da fome ao longo da história e equacionam-se fatores geográficos, ecológicos, culturais, sociais, económicos e políticos
Joly Braga Santos revisitado por Quarteto Lopes-Graça – 30 Março | Cascais – Museu da Música Portuguesa
Este sábado, dia 30 de Março, o Quarteto Lopes-Graça sobe ao palco do Museu da Música Portuguesa, em Cascais, para prestar homenagem ao grande compositor Joly Braga Santos. Este evento integra-se no ciclo de concertos “Integral da Música de Câmara de Joly Braga Santos”













