Notícias
Divulgação CulturalMostra | Adalberto Alves: 40 anos de vida literária | 3 fev. | 18h00 | BNP

Adalberto Alves: 40 anos de vida literária
MOSTRA | 3 fev. ’20 | 18h00 | Sala de Referência | Entrada livre / até 9 maio ’20
o efémero vem e pousa.
ao alto suas asas transparentes.
ninguém, como ele, prova o tempo.
Adalberto Alves, O Passo da Montanha
Assinalando os quarenta anos de vida literária de Adalberto Alves, que tiveram início com o livro de poemas Uma Obscura Visão (1979), esta mostra, comissariada por Fabrizio Boscaglia, Maria João Cantinho e Hugo Maia, pretende dar conta das múltiplas dimensões da obra e da figura deste poeta, tradutor e estudioso português. Constituída por documentos do acervo da Biblioteca Nacional de Portugal e do arquivo privado do autor, a mostra destaca, entre outras, as áreas da poesia e dos estudos árabes e islâmicos em Portugal.
Capa de O Meu Coração é Árabe, Adalberto Alves, edição de 2016, editora althum
Advogado de profissão e jurista, autor interdisciplinar e multifacetado, Adalberto Alves tem desempenhado um importante papel no que respeita à interpretação e à divulgação do legado árabe e islâmico em Portugal e na cultura universal. Neste contexto, foi autor de estudos como As Sandálias do Mestre (2001), publicou o Dicionário de Arabismos da Língua Portuguesa (2013) e a antologia O Meu Coração é Árabe (1987), em que foi tradutor – ou melhor, «transcriador», como se autointitula – de poetas árabes do ocidente ibérico, do período islâmico medieval.
Como reconhecimento do seu mérito, em 2008 foi atribuído a Adalberto Alves o Prémio UNESCO-Sharjah para a Cultura Árabe, conferido a «indivíduos, grupos ou instituições que, através do seu trabalho e realizações notáveis, se esforçam para disseminar um maior conhecimento da arte e da cultura árabes».
Para além da poesia e da vertente arabista, a mostra ressalta outros aspetos relevantes da personalidade e da obra do autor, que contribuem para revelar o seu humanismo intrínseco, como são os casos da íntima ligação de Adalberto Alves à música e, ainda, das suas intervenções sobre questões políticas e da atualidade.Esta iniciativa decorre no mesmo período da mostra, «Al-Muʿtamid: poeta do Gharb al-Andalus», dedicada ao poeta Al-Muʿtamid, ao qual Adalberto Alves dedicou estudos, traduções e conferências. Às duas mostras são associadas visitas guiadas* e atividades de extensão:
29 fev. – Passeio guiado «Lisboa Árabe» por Natália Nunes (passeio a pé por Alfama e Mouraria – mais info em breve)
11 mar. – Projeção filme «Al-Mu’tamid: o destino de um príncipe» (RTP-Ensina)
8 abr. – Sessão de leitura de poemas de Al-Mu’tamid e Adalberto Alves
7 maio – Jornada de estudos «Poesia e cultura luso-árabe»
Cabeçalho: pormenor da capa de O meu coração é árabe, Assírio & Alvim; 1998
Fonte: bnportugal.pt
Outros artigos em Divulgação Cultural:

Exposição | Fotografia Impressa e Propaganda Visual em Portugal (1934-1974) | 20 maio | 18h00 | BNP
Comissariada por Filomena Serra e Paula André esta exposição revisita a História do Estado Novo português através da fotografia impressa e da propaganda visual, resultando de um projeto financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia que envolveu investigadores de várias universidades e instituições

Colóquio / Mostra | Aquilino, anos 20: entre o exílio e as geografias de Lisboa | 16 maio | 9h30 / 18h00 | BNP
A partir da oportunidade oferecida pelo centenário da primeira edição do romance Terras do Demo (1919), realizam-se uma exposição biobibliográfica e um colóquio centrados na análise dos anos que decorreram entre o regresso de Aquilino a Lisboa, vindo do seu primeiro exílio em Paris, e o início do segundo exílio do escritor

Exposição | O ano de 1969 | 15 maio | 18h30 | BNP
Exposição que revisita alguns dos principais acontecimentos políticos e obras publicadas em Portugal em 1969, ano em que a Biblioteca Nacional inaugura o seu novo edifício no Campo Grande, a 10 de abril

Concerto | Viagens na minha terra | 11 maio | 17h00 | BNP
O projeto da pianista Joana Gama propõe a escuta de Viagens na minha terra, conjunto de peças evocativas das paisagens e das gentes portuguesas, desde uma procissão de penitência em São Gens de Calvos até aos adufes que troam na romaria da Senhora da Póvoa de Val-de-Lobo