Notícias
Divulgação CulturalMostra | João José Cochofel (1919-1982) | 12 set. – 21 dez. | BNP

João José Cochofel (1919-1982)
MOSTRA | 12 set. – 21 dez. ´19 | Sala de Referência | Entrada livre
Evocando o centenário do nascimento de João José de Melo Cochofel Aires de Campos (Coimbra 1919, Lisboa 1982), esta mostra traça o percurso do poeta e crítico expondo o seu espólio literário, obra impressa ilustrativa da sua produção intelectual e uma seleção de documentos epistolares.
Enquanto poeta, o seu nome permanece ligado ao neorrealismo. Foi um dos organizadores do «Novo Cancioneiro» (1941-1944), no âmbito do qual publica Sol de agosto (1941). Este livro sucedeu Instantes (1937), estreia do autor na poesia. Em 1940 publica Búzio e a este seguem-se: Descoberta (1945), Os dias íntimos (1950), Quatro andamentos (1966) e Uma rosa no tempo (1970). Ilustrando esta vertente, mostram-se alguns dos raros manuscritos que integram o espólio, como, por exemplo, um caderno autógrafo com poemas escritos entre novembro de 1935 e janeiro de 1937.
A par da sua atividade poética, Cochofel colaborou na imprensa tendo sido codiretor de «Cadernos da juventude» (Coimbra, 1937) e integrando o grupo fundador das revistas «Altitude» (Coimbra, 1939) e «Vértice» (Coimbra, 1942). Colaborou também na «Seara Nova» (Lisboa, 1921) e na «Gazeta Musical», reerguida sob a sua égide como «Gazeta Musical e de Todas as Artes», entre 1958 e 1962.
Da correspondência existente no espólio do autor selecionou-se um conjunto de cartas que revelam as amizades cultivadas por este, destacando-se nomes como: Fernando Lopes Graça; Rui Feijó; Carlos de Oliveira; João Gaspar Simões; Eduardo Lourenço; José Gomes Ferreira; Francine Benoît; Irene Lisboa; Manuel Bandeira; Carlos Drummond de Andrade; Vergílio Ferreira; Urbano Tavares Rodrigues; Adolfo Casais Monteiro; Matilde Rosa Araújo; Augusto Abelaira; José Régio; Luís Amaro ou Alexandre Pinheiro Torres. Destas relações, e do conhecimento da cultura literária e musical, emergem vários artigos publicados em revistas e jornais, alguns reunidos em Opiniões com data, colisão de ensaios sobre música redigidos entre 1939 e 1954, ou Críticas e crónicas (1963) que se estende, além da música, pelo campo da literatura. Organizou, ainda, o Grande Dicionário de Literatura Portuguesa e Teoria Literária (1979) que deixou incompleto.
Cabeçalho: pormenor de página autógrafa do Poema n.º VIII (de um conjunto de XV) de João José Cochofel. Publicado em Instantes: poemas, Coimbra, Portugália, 1937. BNP Esp. E23/3017
Fonte: bnportugal.pt
Outros artigos em Divulgação Cultural:

Mostra / Concerto | Do Tejo ao Tibre:músicos e artistas portugueses em Roma no século XVIII | 28 fev. | 18h00 | BNP
O fascinante processo de assimilação e adaptação de modelos artísticos e musicais italianos pela corte de Lisboa ao longo do século XVIII é um dos fenómenos mais relevantes a nível cultural do Portugal setecentista

Mostra | D. Maria II e a música no seu tempo | 14 fev. – 30 abr. | BNP
O reinado de D. Maria II (1826-1828 e 1835-1853) assistiu ao nascimento de um novo quadro político e foi marcado pelo influxo do romantismo e por uma mutação cultural e das sensibilidades

Concerto | A Arte da Variação no Tempo de Francisco de Holanda | 16 fev. | 14h30 | BNP
Terminando as iniciativas comemorativas dos 500 anos do nascimento de Francisco de Holanda, homenageia-se esta figura incontornável do Renascimento com o concerto A Arte da Variação no Tempo de Francisco de Holanda (1517-1584), apresentado pelos Segréis de Lisboa, ao qual se segue a última visita guiada à exposição, pela comissária Sylvie Deswarte-Rosa

CONVITE | 15.02.2019 | 19H | NATHALIE HAZAN-BRUNET | Institut Français du Portugal – Mediateca
O Institut Français du Portugal organiza uma conferência em francês por Nathalie Hazan-Brunet sobre a artista Charlotte Salomon. Um evento em parceria com o Museu Coleção Berardo, no âmbito da exposição “Charlotte Salomon Vida? Ou Teatro?” que terá lugar no Museu Coleção Berardo de 10 de abril a 11 de agosto